O poeta atira as armas alheias,
pronto o reino inimigo esta tomado
O Poeta mórbido não chora
O caminho pra liberdade esta cheio de barbaros
E é inutil prosseguir viagem
Desce a escuridão sobre os homens
A tua eterna lanterna de luz roxa
ilumina os passos agora,
pra onde vamos?
O que será de nós,se o poeta nos deixar
aqui nessa cidade tomada pela ganância e pelo ódio ?
Não precisamos de votos!
Não precisamos de velas!
Neste momento de desespero e agonia
os versos mortos do poeta ganham vida,
ganham formas,viram flores
que são entregues na hora do almoço.
Os soluços param as estrelas
Os barbaros abandonam a cidade
As armas são recolidas à mão.
O poeta não chora
O poeta não mija
O poeta não voa
O poeta só fuma.
(Elizeu Braga)
* Em homenagem à Excrescência Cancerosa; O Eterno POETA MÓRBIDO
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