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Porto Velho, Rondônia, Brazil
Si.

Canvas de um novo Ciclo.




O interessante é que mesmo aos trancos e barrancos
O ano passa. 
Nunca perguntou se você estava realmente preparado para o que havia de suceder-se.
Nem olhou na tua cara. Veio como uma onda que nem parece ter fim. Mas cai. As vezes dói.
E como tudo no mundo: caiu. Pereceu mas um ano que não passa de um desenho numa tabela repleta de números. E ainda assim; Te escraviza. 
O fim de tudo se conecta ao início e nessa hora você recorda palhaçadas sorrisos jogadas de seios glórias e quedas de um tempo sujo e de uma terra árida. Resiste. É tempo. É onde tu moras numa tabela qualquer do universo e dessa escuridão em que pintamos o quadro de nossas escolhas. Essa moldura imensa. Esse resquício de não-objeto. Corado e pregado à eternidade. 
Canvas. 
Salve a África de nossos negrinhos. Salve o salário de nossos vizinhos. E o teu. Coragem perante os moinhos de vento. Beija-o que ele então aceitará a ilusão concentrada de teu desejo. "Eu quero". 


Vimos de tudo um pouco e nada sabemos. Nos entediamos com os noticiários choramos com mortes e lágrimas tão reais quanto nosso sangue derramado.
Salve América de nosso legado. Amém para todas as bandeiras e o que elas queimas e deixamos queimar.
Cada qual com sua pontinha de fósforo na mão.
Salve o vestibular
o casamento
o esquartejamento
a vitória das seleções
os feriados (sabe-se lá de quê)
Salve cada pedaço ressecado de tinta do quadro que agora se esvai. Re-digo: números; tabelinha.
Falando em tal, salve o aborto. A mentira. O soldado. A Criança. Salve o Bastardo caído no chão.
Segura minha mão. Em vão. Então? 


Então?


Ria-te. De ti mesmo, mesmo. Dos outros quando necessário. Da vida quando não compreendeste.


Salve o beijo na capa de cada livro


Está bem, eu paro. Algumas horas faltam mas ele já me olha de soslaio. "Oi ano" 
Não reparo no teu tamanho nem no teu formato. Mais: nem vejo nada. Vem. Quebra-me.
Mas faz com jeito antes que eu me levante. Antes que cada um saiba se levantar.
Engole o ano anterior e dele tira a quinta-essência do erro. Que fazes dele? 
Pra onde ir. Faz tanto tanto faz.


Aqui vai um sorriso meu.
Moldura de uma tinta feita de ódio. Desenha mais um grito no escuro.
Que a tempestade agora eu beijo de língua.






Bruno Gomes Honorato - Eu mesmo.


Sem pretensão, sem prepotência. Cru.  Dedicado à mais um ciclo do calendário.
Ultimo Post do Ano.
Inté.

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Duelo


ao Bruno Honorato, cru e sem ênfase, não ao Poeta Bastardo





Me chamaste de demônio:

só reagi

nada pensei
continuei
em meus afazeres 
limpando a sujeira
de tua eloqüente racionalidade
calmamente
de modo drástico 
me olha

- grita -

arranco de ti 
essa tua dor estimada
cruel é do que me chama
como animal acuado
não oculto de ti 
a face da minha raiva 
nem de minha candura
te desafiando


e assim 
calmamente continuo 
limpando
o chão que pisa teu 
arrogante vazio.



(Luciana Lima)   Koala.

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[olhando e falando com o abismo por um tempo]

[...]

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Chave/Key







Ela rabisca sem tema
e sem título: serena
Como se tudo fosse 
Uma obra só
Como se tudo fosse 
Um sonho só


-----------------


She scribbles without theme
and untitled: serene
Like everything
A title
Like everything
Only a dream






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Voos e Asas


ao amigo Poeta Bastardo
E vejo, as vezes
o chão...
Ah, o deleite/ de
Voos e
Asas...



(Luiz Dantas) - 15/12/2010

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SOULS



-Meu demônio.
-My soul. 
Te darei a plenitude do meu colo
-My day,
Curvarei-me como se divino fosse.
Como se o pensamentos caíssem
Aceitarás a simplicidade do meu rosto?
-Devotamente
a sutileza das pequenas coisas 
têm me provocado um desassossego excrucitante e irresistível.
-My Sun, rasgou-se o céu. Joga tua lira de palavra 
no vulcão da manhã e espera florar a expressão da noite.
-Não nasceu pra ser um verso. Mas então que seja.   
Acabaram-se as poesias ...
cadê a sua declaração de amor?
"-O Poema nunca acaba. O que não tem início também não tem fim. "
- Enfim, pensar tornou-se um peso.




(Poeta Bastardo e Poetisa Koala) 

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A calmaria do teu colo



Quando ela vier, será bem vinda.

Quando chegar, será recebida com
um buquê amassado de magnólias,
o romrom de um gatinho preto
e um sorriso meu, amarelo,
mas pela primeira vez sincero.

Vou olhar nas tuas pupilas feitas de medo
e direi:
-Tu, que por tanto tempo negaste-me 
a calmaria do teu colo,
Vem agora, me carrega nas tuas mãos geladas
Entre nuvens cor de tédio 
E trovões sabor de beijo
 E leva-me ao Berço dos Continentes Escuros
Na solidão do não-ser:

De onde vêm a loucura e a poesia




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Boquinha "No Intervalo"




As borboletas de plástico brilham na porta da
Ampla e não tão rica geladeira,
Ouço passos na cozinha, que me vêm 
Aos ouvidos vagarosamente.
Imagino que os olhares dos encolhidos são
Quase imóveis e posso sentir atos humanos,
Estes, tão frágeis têm na boca um gosto
De não sei o que, a salivar.
A diferença de gostos vagando pelas 
Prateleiras, esquecendo até se é
Doce, salgado, azedo ou outro sabor,
É bem diferente da emoção reprimida 
Em um livro de receitas.
Uma ampla sala se torna clarão,
Escuridão, clarão, escuridão.
O silêncio noturno quebrando com sons
De mastigar, me faz perguntar:

Será que minhas netas deixarão 
Um pedaço de bolo pra mim?


By Normancy

N.A: Parafraseada ao Poeta Bastardo e sua poesia "No Intervalo"

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