No dia que não houver mais terra sobre a face da face
Um homem morto vai te pedir o fogo dos homens
Vai acender um cigarro azedo e cuspir na estratosfera
Nessa hora vai chover olhos verdes úmidos de lágrima negra
O imposto será dado de troco para os mendigos e prostitutas
Tanta coisa será dita após o enterro da humanidade
Ninguém estará em pé pra ouvir ou reclamar dos erros
Mas as árvores dilatarão os ouvidos pra beber dos sussurros
Tanta coisa será vista após o nascimento do primeiro homem
O Nascimento da primeira célula do primeiro susto da primeira mentira
De onde tirarão o sangue pra escravizar o primeiro homem?
Não têm mais ninguém pra plantar sementes roxas de futuro
Ele vai querer sentar na primeira sombra; estará fria de mais.
A árvore não vai querer nascer, será bonita de mais
Um cigarro, uma semente. Ele não saberá tragar.
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