As estrelinhas de plástico
brilham na biblioteca ampla e rica.
Meus pés se acomodam na mesinha
O som dos poucos passos na sala
Vem-me aos ouvidos vagarosamente
Porém os olhares dos encolhidos são ágeis
É quase como sentir, quase amar
Perceber atos humanos, estes, tão frágeis
No dedo, a saliva ao passar as páginas
A indifereça vagando pelas prateleiras
esquecendo as novelas engraçadas e trágicas
Como as emoções que nunca virão
reprimidas aos capítulos dos livros
uma ampla sala se torna escuridão
e o silêncio do Vazio me faz perguntar
se ainda há alguém vivo.

* Poema publicado no interativo cultural "Leitura no Ônibus" na edição nº 102 - ANO 4, 15 a 30 de abril 2010.
Porto Velho - Rondônia.
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