tentaria eu costurar esse teu peito
de porcelana negra.
Rasgaria o tempo,
Os sentidos e os infernos
para com o néctar das
Fendas invisíveis
Reconstruir os pedaços da tua Alma Branca
Perdida entre os Sinos do Abismo.
Montaria nos arco-íris preto-e-branco
dos meus eternos pesadelos só pra
Ver o balançar Inefável de tuas madeixas
escarnecer-me do outro lado do muro
dos sonhos que não me lembro
Queimaria meus desejos mortos
Ceifaria fantasmas
Rasgaria as mais intocáveis Escrituras ...
... e se o Acaso me concedesse,
beberia do Sangue Doce e Cristalino dos lábios mais
Gélidos sobre o beijo mais infinito.


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